A ROCHA
Que nasceu como uma lava Lançada por um vulcão Em erupção. Virou ROCHA. Vivia na floresta Adorava festa Frutas e riachos Rolava pelos penhascos. Cantava com os passarinhos Escondia-se dos vizinhos Tímida se envergonhava Da vida simples que levava Sonhava com a cidade Com a luz que não era da estrela E nem da Lua Se pos nua. Vestida toda colorida Se fazia divertida Acreditava que sendo isibida Seria compreendida Desiludida sentia-se constrangida Rolava daqui e dali Pintada, maquiada E nem era percebida Subia nos saltos, mudava de lugar Sonhava com um príncipe Que pudesse lhe amar Cansou de esperar. Desesperançada Se pos a soluçar e gritar Ninguém a escutava Parou de acreditar. Rolou para o abismo Outra rocha encontrou Simples, natural e diferente A abraçou e a escutou Pegou uma picareta E começou a quebrar As vestes coloridas Que fazia para a tristeza maquiar. Varreu toda pintura Que envolvia a falsa alegria Empoierada, sufocada Começou a respirar Uma luz apareceu Um diamante lapidad