ANTONIELLA

Nascestes em 07 de abril de 1978
Um bebê adorável, nem choro ouvia
Completastes um aninho, eu já escutava
Os gritos do teu irmão, mordidas nele tu davas.

Hoje tu gritas comigo e com meu cachorros
Desconta em quem mais te Ama
É assim que sabes chamar e também amar
Deixas como eu deixei o mundo te maltratar.

Posso te compreender porque sou ANALISADA
Teus gritos e exigências
Até quando sou por ti maquiada
Assisto o sofrimento sublimada
Descobrindo a minha eu sei da tua essência guardada.

Frágil sendo forte é a tua caminhada
Mantendo as aparências para ser respeitada
Se soubesses o Valor grande que tens
E o quanto és amada. Não abraçarias mais ninguém
Sem antem ser abraçada por ti!

Tudo tem seu tempo e hora
E o maior presente que tenho é estar contigo agora
Usufruindo dos teus gritos, do sabor de tudo que fazes:
Bolo, cuca de banana com canela, pão quentinho e café passado.

Quanta coisa a relatar
Sobre teu paladar
Bons vinhos a degustar
Conheçe a qualidade
Com simplicidade.

Quando partes fica teu cheiro
Pela casa organizada, perfumada
Até o frango minuciosamente temperado
Com ervas finas ou com as do jardim.
O que sobra fica para mim.

Das risadas que dá quando os cachorrinhos rosnam pra ti.
Das caminhadas na praia e pelas ruas da cidade.
O amor de verdade é amar as diferenças.
E sempre que me pede para de roupa trocar
Queres que eu sejas tu e não tem como!

Escolho andar vestida de Antoniella e até fico contente.
Uma fantazia realizada. É quando tenho que sorrir.
Dos valores de cada um.
Onde está a identidade de cada uma de verdade?
Sou o desejo do outro e faço do outro o meu desejo?

Viver no Paradiso é isso
São poucos, rápidos os momentos
Eles existem porque existimos
E porque nos permitimos.

Obrigada por fazeres parte da minha construção RECONSTRUÍDA...
E sempre em manutenção.

Um beijo com amor.

Cenira de Mello
07.04.2009